Atleta com problemas de colesterol: Urgente controlar
goldeditor goldeditor2023-04-27T17:26:56+01:00Se o exercício ajuda a controlar o colesterol, há atletas que descobrem ter (mau) colesterol elevado? Soa a paradoxo, mas acontece.
Chamam-lhe o paradoxo da hipercolesterolemia e está descrito em estudos científicos. Um número significativo de atletas, nomeadamente atletas bem treinados e de modalidades como endurance, descobrem ter níveis elevados de “mau” colesterol. O que contrasta com os estudos que concluem que a prática regular de exercício aeróbico melhora o perfil lipídico: conjunto de marcadores (como colesterol, triglicéridos) que determinam o desenvolvimento de doença coronária.
O caso do nadador olímpico Mark Spitz
Uma lenda. Ganhou 11 medalhas olímpicas e bateu 32 recordes mundiais. Ninguém diria que este nadador americano seria diagnosticado com níveis elevados. Nem ele mesmo. “Fiquei chocado quando descobri, não tinha qualquer sintoma”, referiu, na altura, em declarações à imprensa.
Juntamente com outro atleta olímpico, Christopher Dean (patinagem artística), participou em iniciativas de alerta para os perigos do colesterol elevado. Christopher Dean, por exemplo, descobriu ter colesterol elevado num exame de rotina. Tornou-se mais atento, na dieta, no exercício e nas consultas.
O caso não é isolado. Nabil Ghorayeb é médico e, em 2016, partilhou as conclusões da observação de cerca de 100 atletas olímpicos: uma grande maioria tinha colesterol (mau) elevado.
Um fator de risco para a doença cardíaca
Trata-se de uma substância vital para o funcionamento do organismo. Mas quando os níveis não estão dentro dos parâmetros ideais, a saúde fica em risco. Ter colesterol elevado significa ter, regra geral, níveis elevados de LDL (lipoproteínas de baixa densidade) ou “mau colesterol”. E níveis baixos do “bom” ou HDL (lipoproteínas de elevada densidade).
O exercício físico tende a aumentar o bom e a diminuir o mau. Mas em grupos de atletas de elite, com dietas ricas em gorduras e muito baixas em hidratos de carbono, estudos identificaram níveis mais elevados de HDL, LDL e colesterol total.
É importante controlar os níveis para manter uma boa performance e saúde. As LDL chamam-se “mau colesterol” porque formam placas nas artérias. E isso dificulta que o sangue chegue ao cérebro, reduzindo a quantidade de oxigénio das células do cérebro. Níveis demasiado elevados no sangue contribuem para a ocorrência de AVCs ou ataques cardíacos.
Em Portugal, as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte.
Urgente controlar!
Como já percebeste, praticar exercício ajuda a controlar os níveis de colesterol, mas não chega. É importante fazer exames de rotina. Além do treinador, o nutricionista é também uma peça-chave no sucesso da tua performance. Um bom plano alimentar, com suplementos ajustados às tuas necessidades, será essencial para melhorar o perfil lipídico. À medida que envelhecemos os níveis de colesterol alteram-se e sobem: serão sempre necessários ajustes.
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