5 Diferentes regimes alimentares
goldeditor goldeditor2023-01-12T17:44:14+00:00Existirão regimes alimentares melhores que outros? A tua escolha tem de ser rica em boas fontes de informação. Neste artigo resumimos o essencial dos principais. O melhor ingrediente? Equilíbrio.
1. Dieta Vegetariana
Este é um regime alimentar que apenas inclui alimentos à base de plantas. Há quem se torne vegetariano por questões ambientais. Há quem siga esta dieta por uma razão de saúde. A produção de carne é responsável pela emissão de gases altamente poluentes para o ambiente, além de envolver o uso de antibióticos nos animais. Uma dieta vegetariana pode ser assim uma alternativa saudável.
Os estudos têm vindo a confirmar que pode reduzir o risco de doenças crónicas. E, quando bem planeada, é nutricionalmente equilibrada. Não faltam boas fontes de proteína no universo das “plantas”: nozes, feijões são excelentes exemplos!
Alternativas vegetarianas com bastante cálcio: amêndoas, brócolos, vegetais de folha verde. Espinafres e lentilhas oferecem ferro!
Sabias que existem estudos que concluem que os vegetarianos sofrem menos episódios cardíacos (como ataque cardíaco).
Diferentes regimes alimentares vegetarianos
Já abordamos esta questão noutro artigo anterior, mas voltamos a reforçar os diferentes tipos de regimes alimentares vegetarianos:
• Vegetarianos totais: Dieta sem carne, aves, peixe ou quaisquer produtos derivados de animais, incluindo ovos e laticínios.
• Ovo-lacto-vegetarianos: Não comem carne, aves ou peixe, mas comem ovos e laticínios.
• Lacto-vegetarianos: Dieta sem carne, aves, peixe ou ovos, mas com laticínios.
• Ovo vegetarianos: Não comem carne, aves, peixe ou laticínios, mas consomem ovos.
• Vegetarianos parciais: Evitam carne, mas comem peixe ou aves.
2. Dieta Keto (ou Cetogénica)
O princípio deste regime alimentar é bem claro: fazer com que o corpo use um diferente tipo de “combustível”. O nosso corpo usa frequentemente o açúcar que vem dos hidratos de carbono e o qual transformamos em energia para as tarefas do dia a dia.
A Dieta Keto vem apresentar uma alternativa: em vez de queimar açúcar (glucose), propõe-nos “queimar” gordura. Ou seja, corpos ketone/cetogénicos. Trata-se de moléculas de energia e constituem um tipo de “combustível” que o fígado produz a partir da gordura armazenada. Esta substituição pode produzir algumas alterações no corpo:
- Aceleração do metabolismo
- Redução da sensação de fome
É uma dieta popular no universo dos regimes para perda de peso. Mas, segundo especialistas, comporta alguns riscos:
- Sendo uma dieta muito rica em gordura (uma refeição Keto tem 60% gordura; cerca de 30% proteína e 10% hidratos de carbono), vai obrigar o fígado a metabolizar muito mais gordura, o que pode agravar potenciais problemas de fígado já existentes;
- Alterações de humor e confusão mental: o cérebro necessita de hidratos de carbono;
Outra crítica feita é a de que este regime alimentar resulta em perda de peso, mas apenas temporariamente.
A Dieta Keto inclui alimentos como carne, peixes gordos, ovos, óleos (azeite, óleo de coco), manteiga, nozes, vegetais.
3. Dieta Paleolítica
É a chamada dieta do homem das cavernas e muito apetecível para os amantes de carne. Os defensores deste regime alimentar explicam que, uma vez que os genes e anatomia do corpo humano pouco mudou desde a Era Paleolítica, o Homem deveria manter a mesma alimentação para preservar a saúde. Ou seja, incidir nas carnes (caça), peixes (pesca) e sementes/plantas (comunidades recoletoras). Esta dieta nasceu como alternativa às dietas ocidentais (rica em alimentos processados), associada a doenças crónicas.
A Dieta do Paleolítico tem vindo a ser apresentada como um regime alimentar benéfico para pessoas com diabetes, com doenças cardiovasculares e com objetivos de perda de peso. Alguns estudos sugerem de facto estes benefícios. Mas persistem algumas questões:
- O facto de a Dieta Paleo omitir alimentos, como cereais, pode implicar alguma deficiência em nutrientes;
- Será que a dieta é aconselhada para toda a gente?
- Carne e peixe têm um custo relativamente elevado para serem incluídos em praticamente todas as refeições.
A Dieta Paleo incide em alimentos como carne, ovos, frutas, vegetais, nozes e sementes.
4. Jejum Intermitente
Ao contrário da grande maioria dos regimes alimentares, este não se foca sobretudo nos alimentos. Mas sim no tempo. O Jejum Intermitente alterna períodos de alimentação (saudável, salienta-se) com ciclos de jejum.
Um tipo de Jejum Intermitente mais popular é o método 16/8. Aproveitando as horas de sono, é só uma questão de estender e saltar o pequeno-almoço e, por vezes, até o almoço. As restantes oito horas fazem parte da “janela” de alimentação.
Especialistas defendem que este regime tende a ser mais saudável, uma vez que as pessoas costumam escolher alimentos mais calóricos à noite.
O Jejum Intermitente bem realizado pode ajudar a baixar a pressão arterial, acelerar o metabolismo e facilitar o emagrecimento. Quando é mal feito, sem acompanhamento, pode ser perigoso. Anemia, obstipação, diminuição da imunidade podem ser efeitos adversos.
Atenção: Este regime alimentar não é aconselhado a grávidas, pessoas com hipoglicemias, com determinadas doenças crónicas.
5. Dieta Mediterrânica: o regime alimentar mundialmente reconhecido
É aquela dieta que nunca sai de moda. Continua no topo, considerada entre os melhores regimes alimentares para 2023, segundo um painel internacional de especialistas.
E porquê? Porque tem mostrado reduzir o risco de doença cardíaca, de síndrome metabólica, diabetes, determinados tipos de cancro, depressão. Tem mostrado beneficiar a saúde em geral. A Dieta Mediterrânica tem como base:
- Alimentos minimamente processados (legumes, frutas, vegetais)
- Azeite como principal fonte de gordura
- Peixe ricos em ácidos gordos ómega-3
- Carne vermelha a evitar ou em pequenas quantidades
- Consumo moderado de vinho
- Alimentos com fibras e antioxidantes (combatem a inflamação)
- Consumo limitado de hidratos de carbono refinados (açúcar)
Uma dica: Um estudo com mais de 25 mil mulheres concluiu que o grupo que seguiu a Dieta Mediterrânica apresentou um risco menor em 25% de desenvolver doenças cardiovasculares ao longo de 12 anos.
Riscos? Especialistas consideram que o facto de a Dieta Mediterrânica não especificar quantidades/porções de alimentos, pode induzir a um aumento de peso.
Lá está, o melhor ingrediente de todos os regimes alimentares: equilíbrio!
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