7 Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares
Aos fatores de risco cardiovasculares tradicionais, somam-se outros menos conhecidos mas tão ou mais importantes para a doença cardiovascular.
As doenças cardiovasculares mantêm-se como a principal causa de morte em todo o Mundo. Em Portugal, matam mais de 30 mil portugueses por ano. Maio tem sido assim eleito como o “Mês do Coração”, com o objetivo de sensibilizar para um músculo que continua em risco: o coração. Essencial à vida, é este músculo que bombeia o sangue para todo o corpo, assegurando o seu bom funcionamento. A adoção de estilos de vida pouco saudáveis prejudica a saúde cardiovascular e aumenta a probabilidade de uma pessoa sofrer de enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral, principais causas de morte em Portugal. É fundamental identificar os fatores de risco. O controlo dos fatores de risco cardiovasculares pode salvar vidas.
1. Colesterol Total
Estudos sugerem que não basta controlar os níveis LDL (“mau colesterol”).
Os níveis de colesterol total têm sido associados a um elevado risco de doença cardiovascular (DCV) em adultos. Por outro lado, há estudos (revista científica da Associação do Coração norte-americana) que relacionam adultos jovens que apresentam níveis reduzidos de colesterol total a um risco reduzido de DCV.
2. Triglicéridos
Sabias que a maioria da gordura que ingerimos está na forma de triglicéridos? Tudo o que é calorias, álcool e açúcar extra, é transformado em triglicéridos e armazenado nas células ao longo de todo o corpo. Tal como o colesterol, é um lípido mas enquanto os triglicéridos são gordura, o colesterol não é. Ambos, contudo, têm outro ponto em comum: são perigosos para o coração. E pregam a mesma rasteira: surgem sem sintomas nem aviso prévio. Sendo que podemos prever a sua “visita” em caso de: menopausa, obesidade, doenças como diabetes e de tiroide, hábitos tabágicos e consumo excessivo de álcool, ou dietas ricas em açúcar e hidratos de carbono simples. Quando os níveis de triglicéridos aumentam, aumenta o risco de pancreatite (inflamação do pâncreas), doença artéria coronária e ataque cardíaco.
3. Proteína C-Reativa (de elevada sensibilidade)
Outro dos factores de risco cardiovasculares está relacionado com os marcadores inflamatórios. Entre estes, destaca-se a Proteína C-Reativa (de elevada sensibilidade), e com fortes motivos. Esta proteína é produzida pelo fígado quando existe uma inflamação ou uma doença inflamatória. É quando os glóbulos brancos entram em ação para combater o “inimigo”, formulando proteínas, algumas das quais obrigam o fígado a produzir a PCR. É por isso que se mede a PCR no sangue como forma de medir os níveis de infeção, sendo um indicador do risco para o desenvolvimento de problemas cardiovasculares. Elevados níveis de PCR de elevada sensibilidade no sangue podem estar associados a pessoas com aterosclerose (inflamação das artérias). Mas os níveis da PCR (de elevada sensibilidade) também tendem a aumentar com a idade, a obesidade e nos fumadores. Por isso, é possível que os níveis elevados se devam a estes fatores de risco e não a uma doença cardiovascular. Outra nota: evitar fazer a análise durante um período de constipação ou gripe, alturas em que a PCR pode estar aumentada.
4. Racio Ómega 6: Ómega 3
Os ómegas 3 e 6 são considerados ácidos gordos essenciais, uma vez que o corpo não consegue produzi-los. Por esse motivo é necessário obtê-los a partir da alimentação para manter o correto funcionamento do organismo. Os ácidos gordos ómega 3 têm uma ação forte anti-inflamatória, ajudam a baixar a pressão arterial e os níveis de triglicéridos. E por isso, têm sido associados por vários estudos à redução de fatores de risco cardiovasculares. São importantes na redução do risco de doença coronária e enfarte do miocárdio.
Os ómega 6 complementam a ação dos ómega 3, mas a resposta inflamatória depende do equilíbrio de ambos.
Na prevenção de doenças cardiovasculares, um rácio de 4:1 foi associado a uma redução de 70% na mortalidade total. Acontece que nas dietas ocidentais, a proporção é muitas vezes 15 ou mais para 1.
As dietas ocidentais com muita comida processada e nutricionalmente pobre (rica em carne, óleos vegetais e pobre em peixes gordos e frutos, vegetais) são fracas em ómega 3 e ricas em ómega 6. Este tipo de dieta está desajustado com os padrões genéticos da evolução humana.
Este rácio desequilibrado promove o desenvolvimento de muitas doenças, o aumento dos fatores de risco cardiovasculares. Para além disso, potenciam o surgimentos de cancro e doenças inflamatórias e autoimunes.
5. Hipertensão
Quando a pressão do sangue nas artérias e nos vasos sanguíneos é muito alta, torna-se um fator de risco cardiovascular. A pressão alta ou hipertensão é um dos fatores mais presentes e fortes para a maioria das doenças cardiovasculares adquiridas ao longo da vida: acidente vascular cerebral, arritmia cardíaca, hipertrofia ventricular esquerda, etc. À medida que as pessoas com pressão arterial envelhecem, o seu risco de doença cardíaca aumenta. Nas mulheres, a hipertensão aumenta três vezes a probabilidade de ataque cardíaco, nos homens, o risco é duas vezes maior. A pressão arterial elevada de forma contínua e crónica dificulta a tarefa do coração em bombear sangue para o corpo. E as complicações surgem.
6. 25-hydroxyvitamin D
Sabia que a vitamina D também tem vindo, cada vez mais, a ser considerado um dos fatores de risco cardiovasculares?
Os estudos científicos respondem. Níveis deficientes de vitamina D são comuns em pessoas com doenças cardiovasculares. O que tem levado os médicos e outros especialistas a perceberem melhor esta relação. E de facto, existe e é real: é observado um maior risco de doença cardíaca isquémica, enfarto do miocárdio e morte prematura (por doença cardiovascular) com a diminuição dos níveis de vitamina D (no sangue – valores medidos em análise).
7. Dieta
Uma dieta com elevado índice glicémico (com alimentos que provocam picos de insulina no sangue, como os bolos) está associada a um aumento dos fatores de risco cardiovasculares e até mesmo ao aumento do risco de morte nas pessoas com doenças cardiovasculares.
O ideal é fazer uma dieta de índice baixo glicémico (que também beneficia pessoas com diabetes)
Conselhos:
• Evitar alimentos com gorduras trans (alimentos processados, pizzas, margarinas)
• Moderar o consumo de sal, álcool e gordura saturada (ex: carne bovino, lacticínios) e polinsaturada ómega 6 (óleos).
• Aumentar o consumo de peixes gordos, vegetais e frutos vermelhos, legumes, cereais integrais, sementes, oleaginosas e azeite, condimentos como ervas aromáticas.
Sinais de alerta
Identificar os seguintes sinais pode ajudar a salvar vidas.
Sintomas de ataque cardíaco:
• Desconforto no centro do peito, tal como pressão, dor ou aperto;
• Sintomas mais atípicos: dores no braço, no pescoço ou estômago; falta de fôlego, náuseas, vómitos ou suores frios.
Sintomas de Acidente Vascular Cerebral (AVC):
• Entorpecimento, formigueiro ou fraqueza na cara, braço ou perna, especialmente se for apenas num dos lados do corpo.
• Sensação de confusão, dificuldade em andar, equilibrar-se ou coordenar movimentos.
• Fortes dores de cabeça.
Nutrição funcional para reduzir os fatores de risco cardiovasculares
Mais do que nunca é fundamental conhecer e controlar os fatores de risco cardiovasculares. A nutrição funcional é cada vez mais uma tendência e tem como objetivo encontrar soluções naturais para problemas reais.
No caso dos fatores de risco cardiovasculares podes encontrar um conjunto de produtos específicos nas nossas gamas Kyolic e GoldNutrition Clinical.