Entrevista a Susana Godinho Santos
Tiago Osório2024-05-16T16:31:06+01:00“Vou levar os meus bidons para Paris. O abastecimento é essencial”
Susana Godinho Santos
Susana Godinho Santos está praticamente de partida para o sonho olímpico. A atleta, embaixadora da GoldNutrition, conseguiu garantir o grande sonho na sua segunda maratona, Maratona de Valência, em novembro do ano passado. À segunda tentativa, bateu o seu recorde pessoal em mais de 3 minutos (fez 2:25.35 horas) e ficou a outros dois do recorde nacional, estabelecido por Rosa Mota em 1985, na Maratona de Chicago. Susana Godinho Santos foi considerada a melhor maratonista portuguesa em 2023, com a marca obtida em Valência. Paris não é uma miragem para atletas como Susana. Mais rápido, mais alto, mais forte. Voa, Susana!
Em fevereiro de 2023 fez a sua primeira maratona, em Sevilha. E em menos de um ano, garantiu a qualificação para a capital francesa, com o resultado da segunda maratona. Em Valência, como é que percebeu que tinha alcançado os mínimos para Paris? Foi um objetivo planeado?
A Maratona de Valência era apenas a minha segunda maratona. Não programámos esta marca com antecedência. Sabíamos, eu e o meu treinador, que era possível. Mas tínhamos consciência de que não seria nada fácil.
Aos 40 km, quando passei pelo meu treinador, ele disse-me que eu estava a correr abaixo dos 2.26. Mas só quando entrei no tapete azul, no final da maratona, e vi o cronómetro é que me apercebi de que tinha conseguido os mínimos. Eu não estava a acreditar. Aliás, demorei dias até tomar consciência da qualificação.
Eras uma atleta de pista e do meio-fundo. Mas o teu treinador, o Tozé Nogueira da Costa, já te tinha falado da maratona…
Quando ele me dizia que tinha técnica e passada de maratonista, eu respondia que nunca na vida iria correr maratonas. Não me via a fazer tantos quilómetros. Confesso que me sentia assustada em fazer tantos quilómetros. Mas depois surgiu aquele bichinho de “acabar uma maratona”. Observava os atletas comuns, a sua emoção ao terminar uma maratona. E fiquei com vontade de experienciar também a alegria que sentiam aqueles que cortam a meta de uma maratona.
O que mais mudou nos teus treinos?
Estou mais disciplinada. Antes limitava-me a cumprir os treinos. Não dava tudo. Quando comecei a treinar para a maratona, passei a aumentar essencialmente a quantidade de quilómetros de corrida. Antes, corria 100, máximo 110 quilómetros. Passei a fazer treinos muito mais longos.
E agora estás entre as melhores corredoras portuguesas. Segredos deste sucesso?
Antes de mais, o apoio da minha família. Sem o apoio da minha família, este resultado não teria sido possível. Há ainda um grande investimento pessoal e do meu clube. Até fazer maratonas, o meu único apoio era o do meu clube.
O meu treinador. A minha ligação com o meu treinador remonta a 2013. Tem corrido muito bem até agora e espero que continue por muitos mais anos.
Fala-nos do teu treino para a maratona de Valência.
Comecei a treinar para a maratona dia 4 de setembro. Treinei sete dias por semana, quatro dos quais fazendo treinos bidiários. Tive que me reorganizar e conciliar um treino exigente com o meu trabalho. Tive como preocupação ainda reservar tempo para descansar, de forma a recuperar. Fazia um treino mais longo de manhã e outro mais curto à tarde. Séries: duas vezes por semana, séries curtas durante a semana e longas ao sábado. Ao domingo, fazia sempre um treino mais longo.
A nível nutricional, não fiz grandes alterações. Eu sou uma pessoa regrada: a minha alimentação inclui muitas sopas e fruta, e praticamente nenhuns fritos.
Quando não estás na pista, estás na clínica. Porquê a fisioterapia?
Optei pela fisioterapia porque permitir-me-á continuar ligada ao desporto, no pós-carreira.
Trabalho numa clínica, mas estou alocada aos domicílios, o que me possibilita conciliar melhor treinos e trabalho.
Os teus pacientes sabem que vais a Paris?
Sim, estão sempre a perguntar quando é que vou correr. “Quando aparecer na televisão, avise-nos, que nós queremos vê-la”, dizem-me (risos).
Recorda-nos, como é que te tornaste atleta?
Através do desporto escolar. Estava no 5º ano quando a professora de educação física me desafiou para participar no corta-mato da escola. Fiquei em primeiro lugar! E passei à etapa seguinte, que também acabou por correr muito bem. Eu já tinha o “bichinho do desporto”, pois praticava natação. E depois senti curiosidade de experimentar outra modalidade. Do desporto escolar passei para o federado. O meu primeiro clube foi o Clube Atletismo Avintes (Vila Nova de Gaia).
E agora, Paris. O que vais levar contigo na bagagem?
Na bagagem, vou levar os meus bidões. O abastecimento é essencial.
Qual é o teu Top produtos GoldNutrition?
Ainda antes de ter o apoio da GoldNutrition, já consumia os produtos da marca.
O meu top inclui o Gold Drink, durante e após os treinos. Fast Recovery, nos treinos longos.
As barras GoldNutrition, consumo-as em snacks. Adoro as Total Energy Salt Bar. E quando o treino inclui muitas repetições, uso as Jelly bar.
Também uso muito os géis da GoldNutrition. E quero muito experimentar os hydra gel (gel).
Previsões para Paris?
A Maratona na capital francesa vai ser uma prova dura. Vai ter que ser feita com muita paciência e calma. O percurso é muito duro. As condições climatéricas não vão ajudar: está prevista uma onda de calor intenso. Para evitar um desgaste, nomeadamente psicológico, terei que ser prudente no início da corrida.
No que respeita aos treinos, não passam tanto pelos terrenos planos, como aconteceu na preparação para a Maratona de Valência. Para Paris, os treinos incluem sobe e desce, rampas…
Finalmente, como é estar casada com o desporto? (casada com o atleta Hélder Santos)
É muito bom. Nesta fase, ele ajuda-me imenso. Ele compreende os meus momentos de cansaço. O facto de sermos ambos atletas facilita a compreensão. Corre muito bem.
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