Fazer Atividade Física é bom para a saúde e para a carteira
“Fazer atividade física” tem sido um lembrete adiado desde os tempos de COVID-19. Os ginásios não voltaram a encher como antes e o isolamento reduziu o tempo despendido com o exercício. O sedentarismo tornou-se uma pandemia a nível global.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda (orientações atualizadas em 2020) um mínimo de 150 a 300 minutos de atividade física moderada a intensa ou 75 a 170 minutos de atividade física de intensidade vigorosa, por semana. Contudo, estima-se que praticamente metade da população adulta portuguesa está longe de praticar estas recomendações.
O sector do fitness confirma: Segundo o Fact Sheet 2021 do Fitness, da Universidade Autónoma de Lisboa para a Portugal Ativo, em 2021 existiam 465.600 pessoas inscritas em ginásios portugueses, menos 25.755 que em 2020 e menos 222.610 do que em 2019. Resultado? Aumento de doenças, faltas ao trabalho, mortes. Mortes – Como assim? A OMS estima que 3,3 milhões de pessoas morrem a cada ano em todo o mundo devido à inatividade física, tornando-se o sedentarismo a quarta principal causa básica de mortalidade.
Fazer atividade física tem efeitos benéficos em 23 doenças, clarifica o British Journal of Sports Medicine. Os efeitos estendem-se a uma melhor saúde mental, menor risco de doença cardiovascular, melhoria do sono e menor risco de determinados cancros. E os maiores benefícios ocorrem quando, de zero atividade, passamos a fazer alguma atividade física. Aliás, está provado que bastam simples alterações para obter melhorias significativas na saúde. Ao passo que, quanto mais tempo passamos sentados, maior o risco de morte prematura.
Levanta-te para… fazer atividade física!
O sedentarismo é um fator de risco para várias causas de morte e doenças. A baixa aptidão cardiorrespiratória (diretamente relacionada com a inatividade física) é a causa de 16% de todas as mortes precoces. A inatividade aumenta o risco de muitas condições médicas dispendiosas, como a diabetes tipo 2, acidente vascular cerebral, doença cardíaca isquémica, sem esquecer de referir as quedas e fraturas, e depressão. Podemos poupar no ginásio a curto prazo. Mas a longo prazo, a conta vai ser mais pesada.
A falta de exercício físico custa à economia portuguesa mais de 1500 milhões de euros por ano – este é o valor estimado anualmente para tratar e prestar assistência a pessoas com doenças relacionadas com a inatividade física. Muito dinheiro mal gasto!
Cada trabalhador português inativo custa 336 euros em cuidados de saúde e 806 euros em potencial perdido no aumento do PIB devido ao absentismo e à perda de produtividade, segundo as recentes contas da consultora Deloitte. “Por cada trabalhador inativo que se torne ativo, o governo tem um benefício potencial de 405 dólares (397 euros)”, lê-se no relatório.Portanto, a pergunta que se impõe: enquanto estavas a ler este artigo, inscreveste-te no ginásio?
5 boas dicas para começar a fazer atividade física… já!
- Escolhe uma atividade de que gostes: a corrida alivia o stress, o treino de força protege a massa muscular, o yoga trabalha o equilíbrio. Mas começa pela atividade de que mais gostas. Maior será a probabilidade de te manteres ativo.
- Pouco a pouco: sim, era ótimo cumprir os 150 minutos de atividade física por semana. Mas começa com objetivos modestos: 10 minutos por dia?
- Contorna as desculpas: “estou demasiado ocupado”. Até as pessoas mais ocupadas arranjam tempo para as prioridades na vida. Faz do exercício uma prioridade.
- Treino variado: experimenta artes marciais, zumba, canoagem, equitação…
- Evento social: fazer atividade física também é uma oportunidade para socializar com os amigos e conhecer novas pessoas.Temos mais dicas para o teu exercício. Subscreve a nossa Newsletter e descobre como melhorar o teu treino!