O que são os Superalimentos?
Superalimentos: o que são e os seus benefícios
O estilo de vida acelerado em que vivemos actualmente leva-nos muitas vezes a seguir uma dieta não tão nutritiva quanto deveria ser. Hoje temos imensa facilidade em comprar alimentos pouco nutritivos, basta chegar a uma máquina de venda automática e com pouco mais de 50 cêntimos temos um snack com mais de 20 g de açúcares adicionados.
E no que toca à nossa saúde, tudo tem um preço a curto, médio ou longo prazo quer a nível fisiológico como mental/emocional (e a nossa alimentação é uma das grandes variáveis nesta situação).
Provavelmente já ouviste falar do termo “superalimento” e de todo o buzz feito à volta deste tópico.
Um superalimento é essencialmente um alimento com algum composto funcional específico (ex: a curcumina no Açafrão das Índias) e/ou que contenha um teor de nutrientes fora do normal (como o caso da Moringa, que tem um incrível teor de minerais e vitaminas do complexo B).
A verdade é que o termo em si adequa-se bastante a certos alimentos. Os superalimentos fazem muito mais do que apenas responder às necessidades nutricionais das pessoas ou ajudar na perda de peso. Na verdade, estes alimentos podem-te ajudar a alcançar uma saúde melhor e melhorar a maneira como te sentes no dia-a-dia.
Mas quais os benefícios dos superalimentos?
Quando combinado com exercícios regulares e uma dieta balanceada, adicionar alguns destes superalimentos à nossa alimentação pode-te beneficiar em diversos aspectos diferentes da tua saúde.
Melhorar a saúde física e mental, fortalecer o sistema imunológico e aumentar a resistência às doenças são algumas das qualidades básicas dos superalimentos, porém cada superalimento tem as suas características específicas, como verás de seguida.
Superalimentos verdes
Estes são os alimentos verdes, que contêm altas concentrações de vitaminas, proteínas, minerais e, principalmente, clorofila. Este pigmento responsável pela cor verde impede a absorção de compostos prejudiciais ao organismo no nosso intestino e potencia a sua eliminação. Isto traz grandes vantagens se considerarmos os vários compostos que hoje em dia acompanham os nossos alimentos (como pesticidas, PCB dos plásticos e outros compostos que invariavelmente poderão ir parar à nossa comida.) Os “verdes” atuam como uma excelente linha de defesa. Como exemplos temos a erva de trigo, erva de cevada, spirulina, chlorella e vegetais de folhas verdes, como alface, espinafre, couve e beldroega.
Superalimentos vermelhos
É do conhecimento geral que a fruta nos faz bem. Se perguntarmos aos nossos avós com certeza dirão que é por estarem cheias de vitaminas, mas os seus benefícios ultrapassam e muito o efeito das vitaminas que contêm. As frutas são também excelentes fontes de compostos funcionais. Isto é, compostos que não são nutrientes (ou essenciais) mas que têm efeito positivo para a saúde. Curiosamente, tal como acontece nos verdes, também aqui os benefícios advêm dos pigmentos vermelhos e azuis que estas bagas e frutos costumam ter. Esses pigmentos pertencem colectivamente à família das antocianinas. Compostos com uma imensa capacidade antioxidante que já demonstraram efeitos benéficos na saúde metabólica e diminuição do stress oxidativo. Açaí, goji, romãs, amoras e outros frutos silvestres são alguns dos exemplos desta categoria.
Superalimentos usados como especiarias
Aqui há dois alimentos que se destacam, a curcuma e o gengibre. Ambos têm o mesmo nutriente em grande concentração, o ferro. Mas não é por isso que estas duas raízes se destacam. Tanto o açafrão das índias como o gengibre se destacam por compostos altamente anti-inflamatórios: a curcumina e os gingeróis.
Dado que a alimentação, principalmente aquela mais rica em alimentos açucarados, fritos e álcool, tem uma carga inflamatória bastante elevada para o organismo, estas especiarias são dois aliados fundamentais para uma inflamação controlada o que vai ter benefícios na saúde a todos os níveis.
Outros Superalimentos
Dentro dos superalimentos falta apenas referir um grupo. Trata-se de um dos mais estudados e utilizados pelas medicinas orientais: os cogumelos.
Shiitake, Maitake e Reishi são alguns dos cogumelos com reputação quase divina nos textos antigos da medicina japonesa e chinesa. Ao contrário dos anteriores superalimentos, é difícil especificar a sua acção principal. Estes cogumelos possuem principalmente benefícios a nível da saúde cardiovascular, mental e imunitária. Estes benefícios advêm principalmente da sua riqueza em vitaminas do complexo B, minerais como o zinco, magnésio e selénio mas também, como já vimos noutros superalimentos, de compostos funcionais chamados Beta-glucanos. No caso do Shiitake o beta-glucano mais conhecido é o lentinano (que vem do seu nome em latim: Lentinula edodes). Este composto isolado tem propriedades imunoestimulantes potentes sendo estudado inclusive para doenças oncológicas.
Mudar a tua dieta da noite para o dia é algo muito difícil, mas se sentes que podes melhorá-la, consulta um médico/nutricionista que te ajude no processo.
Não te vais arrepender e a tua saúde agradece!